Presidente da Ameron, Euma Tourinho, parabenizou a associação nacional na pessoa da presidente Renata Gil
A presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Rondônia (Ameron), Euma Tourinho, parabenizou a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e sua presidente, Renata Gil, pelo recebimento do prêmio Faz Diferença, das Organizações Globo, que aconteceu quarta-feira (22). A homenagem foi em face da atuação da associação nacional no resgate de juízas afegãs, ocorrido após o Regime Talibã retomar o poder no país.
A votação é de um júri especializado e de votação de leitores que fizerem a escolha. A AMB e as associações estaduais de magistrados, como a Ameron, têm se dedicado a lutar pelos direitos das mulheres, como a criação da campanha Sinal Vermelho, que é um exemplo disso.
“Recebi o prêmio em nome dos bravos juízes brasileiros e dos colaboradores da AMB. Registro o meu agradecimento às associações que se engajaram no projeto. Como sempre digo, nós somos a mudança que nós queremos no mundo”, disse a presidente da AMB.
Euma Tourinho comentou que a Ameron lançou a campanha “Quando Uma Mulher é Agredida, Toda a Sociedade Sofre”, inspirada na história das juízas afegãs e na alarmante realidade de violência contra a mulher, vivida também no Brasil.
“Inspirados por ela, lançamos em Rondônia a “Quando Uma Mulher é Agredida, Toda a Sociedade Sofre”, promovida em 2021. A ação contou com orientações sobre violência contra a mulher e uma impactante exposição no Porto Velho Shopping também tratou sobre a temática. A iniciativa incentivou a aprovação do Programa de Cooperação e o Código Sinal Vermelho no âmbito estadual. A lei passou pela Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia (ALE-RO) e foi sancionada pelo Governo do Estado em maio de 2021”, ressaltou a presidente da Ameron.
Por meio da campanha Sinal Vermelho, uma mulher em situação de violência doméstica pode marcar um “X” vermelho na palma da mão e mostrar discretamente a um atendente de uma farmácia, por exemplo, mesmo na presença do agressor, que o funcionário do estabelecimento irá chamar a polícia.
O sucesso e a relevância da campanha Sinal Vermelho foram tão grandes perante a sociedade que vidas foram salvas e a iniciativa caiu, recentemente, em uma questão de prova de concurso elaborada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), umas das instituições mais respeitadas do país.
“Sigamos conscientes e atuantes de que a violência doméstica afeta a mulher, vítima direta das agressões, mas toda a sociedade, pelo ciclo da violência, seus filhos, parentes, amigos e vizinhos. A violência e a intolerância precisam cessar. Nós, juízes rondonienses, sempre trabalharemos para que essa violência cesse ou seja, ao menos, reduzida a padrões mínimos. As mulheres não estão sozinhas”, concluiu a juíza Euma Tourinho.
Números alarmantes
Segundo a Rede de Observatórios de Segurança, que realizou um estudo sobre violência contra a mulher no Brasil em 2021 nomeado “Elas vivem”, uma mulher é morta no Brasil a cada 24 horas.
Na maior parte dos casos, o criminoso é companheiro da vítima (em 65% dos casos de morte e em 64% dos casos de agressão).
O perfil racial das vítimas é variado: 50,7% são negras e 48,6%, brancas. Os registros de agressão contra indígenas soma 0,7%.
Fonte: Assessoria de imprensa.