A Associação dos Magistrados do Estado de Rondônia (Ameron) destaca a presença do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na última quinta-feira (24), que reconheceu o pioneirismo do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), seu parque tecnológico e contribuições ao Judiciário brasileiro. Prova disso é o robô Sinapses que lê processos ao utilizar inteligência artificial. A partir deste projeto, o CNJ minera o Codex, que reúne todos os processos do país em uma nuvem.
Na ocasião, o juiz auxiliar do CNJ, Rafael Leite, falou que a possibilidade de estar no TJRO de forma presencial é importante para demonstrar a relevância do tribunal no contexto nacional.
“A experiência geral do TJRO com o Sinapses foi fundamental para gerar a plataforma Codex, que traz essa visão de todos os processos que tramitam dentro do país em uma nuvem para ser utilizada pelos mais diversos sistemas e fazer entregas concretas para o Poder Judiciário”, exemplificou o magistrado.
Atualmente, o CNJ dispõe de uma frente de atuação dentro da instituição viabilizada pelo Programa Justiça 4.0 para o desenvolvimento da massa de dados destas iniciativas.
Segundo Rafael Leite, junto à equipe de tecnologia da informação (TI) do TJRO há outras equipes de inteligência artificial oriundas do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD) e das Universidades de Brasília, Goiás e Fortaleza.
As equipes estão trabalhando em frentes específicas para aplicar melhores rotinas de identificação de similaridade entre processos de replicação de precedentes.
As universidades estão trabalhando em uma massa de documentos que chega ao quantitativo de 75 milhões de documentos de todo o país. “Isso está sendo feito em cima da base do TJRO. É possível que essas entregas sejam feitas até maio para serem validadas para o destinatário final do dado. O TJRO está incluso nesse processo”, contou o juiz auxiliar do CNJ ao TJRO.
A presidente da Ameron, Euma Mendonça Tourinho, parabeniza a conquista do Poder Judiciário de Rondônia. “Os investimentos em AI começaram em meados de 2017 e contou com a presença de juízes, desembargadores e servidores visionários que acreditaram na proposta, validaram dados e aprenderam novos conceitos para que o TJRO continuasse na vanguarda e oferecesse o melhor serviço para a sociedade. Sempre tivemos gestores visionários e a cada gestão percebemos que mais um tijolo é plantado, nessa grande obra que é a Justiça de Rondônia, cujo Selo Diamante retrata de maneira muito fiel o valor de seus magistrados e servidores. Eu tenho profundo orgulho do Tribunal de Justiça de Rondônia e ser referência em diversos processos como esse, já se tornou rotina”, pontuou a magistrada.
