O Porto Velho Shopping sempre identifica e potencializa ações em benefício da sociedade rondoniense, como forma de responsabilidade social. Com o Dia Internacional da Mulher (08/03) se aproximando, o maior centro comercial do estado apoia a campanha ‘Quando Uma Mulher é Agredida, Toda a Sociedade Sofre’, realizada pela Associação dos Magistrados do Estado de Rondônia (Ameron). A ação também conta com o apoio de influenciadoras digitais que posaram para um impactante ensaio, maquiadas como se tivessem sido agredidas. O Porto Velho Shopping cedeu uma sala no primeiro piso, ao lado da Praça da entrada principal, para a realização de uma exposição de fotos com as participantes maquiadas como vítimas de violência, além de informações sobre essa prática criminosa. O local ainda vai funcionar como Central de Atendimento à Mulher, com orientações realizadas de segunda a sexta-feira, das 14 às 18h, acerca de como proceder para fazer uma denúncia, rede de proteção à mulher, entre outros assuntos ligados à problemática. O lançamento oficial da campanha será no dia 8 de março, às 15h. A sala com a exposição e atendimento ficará até o dia 31 de março. Unidas pela causa, Janaína Brito, Mariana Theol, Patrícia Bittencourt, Renata Vanier e Thaís Lourenzzo ficaram praticamente irreconhecíveis com a maquiagem realista do também apoiador, o maquiador Duarte Lima. Sucesso na TV e no cinema, incluindo o filme ‘Bruna Surfistinha’, a atriz que cresceu em Rondônia Cristina Lago e Aline Jones, uma das protagonistas da série brasileira de maior sucesso no exterior, ‘O Negócio’, do canal HBO, são outras personalidades engajadas na campanha. O público de todo o país também pode participar. Basta escrever em uma plaquinha ou pedaço de papel #TodosPorElas e postar nas redes sociais, usando essa hashtag, que as publicações serão compartilhadas pelas instituições do projeto. “Quando a violência física acontece é sinal de que muitas outras violências aconteceram antes. Quando a gente está dentro de um relacionamento, é difícil perceber que estamos sendo abusadas psicologicamente. Porque amar é se colocar vulnerável à outra pessoa, só que ao invés de cuidar, ele vai te destruindo. Para que ele se sinta forte, ele precisa diminuir você. Por isso, precisamos falar sobre essas violências, compartilhar, elaborar campanhas e cartilhas de condutas duvidosas. Precisamos nos unir para estarmos atentas a qualquer sinal que possa nos levar para uma agressão física. Aproveito para convidar a todos para aderirem à campanha, postando uma foto nas redes sociais, segurando a mensagem #TodosPorElas”, diz Aline. A campanha visa combater os crimes de violência contra a mulher. O objetivo é ressaltar o fato de que proteger a mulher é o mesmo que proteger a vida, uma vez que todos os seres humanos nascem do ventre feminino. A iniciativa também tem o intuito de destacar que quando uma mulher sofre algum tipo de crime, toda a sociedade sofre. Daí o nome da campanha. A presidente da Ameron, juíza Euma Tourinho, primeira presidente mulher da entidade, também foi maquiada como se tivesse sofrido agressão. É a primeira vez na história que uma magistrada do Brasil toma essa iniciativa. “Precisamos muito de campanhas como essa. Muitas mulheres sofrem demais, durante anos. Todos precisamos encorajá-las, protegê-las, incentivá-las. A Justiça de Rondônia faz seu trabalho com excelência, por meio de decisões que incluem medidas protetivas, prisões, acompanhamento psicológico, dentre outras, mas realmente, temos que sensibilizar toda a sociedade e cortar esse mal pela raiz”, enfatiza Euma. Situação alarmante Segundo o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no Brasil, uma mulher é morta a cada duas horas, vítima da violência. A cada dois minutos, uma mulher é agredida no país. Até outubro de 2020, foram 120 mil casos de lesão corporal decorrente de agressão doméstica. Durante o auge da primeira fase da pandemia de Covid-19 (março a maio de 2020), as taxas de feminicídio apresentaram um aumento de 2,2%. Os dados são do Monitor da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher no Período de Isolamento Social, do Instituto de Segurança Pública (ISP). A lei nº 11.340/2006, Lei Maria da Penha, cria mecanismos de proteção às vítimas, assumindo que a violência de gênero contra a mulher é uma responsabilidade do Estado brasileiro e não apenas uma questão familiar. Em seu capítulo II, art. 7º, incisos I, II, III, IV e V, a Lei Maria da Penha prevê cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. Já os tipos de assédio variam desde o chamado Stalking, moral e sexual. Todas essas normativas e conceitos estarão disponíveis na exposição realizada no Porto Velho Shopping.