No Jornal de Rondônia 1° Edição, da Rede Amazônica (Globo), desta segunda-feira (18), a presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Rondônia (Ameron), juíza Euma Tourinho, falou sobre a corrupção no Brasil, país que figura como o quarto mais corrupto do mundo. Foi destacado a urgência de medidas eficazes para enfrentar essa problemática.
A juíza enfatizou que o combate à corrupção deve ser uma prioridade diária, e a impunidade deve ser combatida de forma rigorosa. Ela argumentou que a transparência e, principalmente, as denúncias são peças-chave nesse processo. Para a presidente da Ameron, é fundamental que os atos corruptos cheguem à esfera judicial, onde a justiça pode ser feita de maneira adequada.
“A corrupção, como crime isolado, existe no mundo inteiro, mas de forma sistemática como é no Brasil, nós não podemos perpetuar”, afirmou a presidente, com exemplos de que a prática tem sérias consequências para a sociedade. Há pessoas que perdem a vida por falta de acesso a serviços de saúde adequados e de jovens que são privados de oportunidades educacionais de qualidade devido a esta mesma corrupção sistêmica.
A presidente também trouxe à tona dados preocupantes de pesquisas realizadas pelo Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas (NUPPs) da Universidade de São Paulo (USP). Segundo esses estudos, embora uma redução tenha acontecido ao longo dos anos, aproximadamente 64,8% dos brasileiros ainda acreditam que a honestidade de um político é secundária em relação ao cumprimento de suas promessas para a população. Esse dado reflete uma cultura que precisa ser transformada para que a luta contra a corrupção seja eficaz.
A juíza salientou ser crucial as denúncias para o avanço do combate à corrupção. Ela encorajou os cidadãos a denunciarem atos corruptos, assegurando que isso pode ser feito de forma anônima e até mesmo recompensada em alguns casos.
“Que não tenhamos culpa no combate à corrupção”, concluiu a presidente.
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