No “I Encontro Nacional de Justiça Restaurativa e a Transformação da Cultura Institucional”, que ocorreu nos dias 18 e 19 de outubro em Cuiabá, o Tribunal de Justiça de Rondônia destacou o projeto “Vozes da Floresta”. O projeto tem como propósito implementar a Justiça Restaurativa nas comunidades ribeirinhas durante a operação da Justiça Rápida Itinerante. A iniciativa foi apresentada como um exemplo de boas práticas que visam à transformação da cultura institucional, em colaboração com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O “I Encontro Nacional de Justiça Restaurativa e a Transformação da Cultura Institucional” visa promover uma mudança profunda no sistema judiciário, priorizando uma abordagem mais humanizada e restaurativa nas relações institucionais.
A juíza Kerley Alcântara, integrante do comitê da Justiça Restaurativa do TJRO, apresentou um histórico da evolução da Justiça Restaurativa em Rondônia durante o evento, enfatizando o projeto mais recente implantado na região do Baixo Rio Madeira. O projeto foi concebido como uma resposta à necessidade de oferecer alternativas às escolas que frequentemente se deparam com casos de indisciplina que se transformam em atos infracionais.
O projeto do TJRO leva o sistema de Justiça a populações que, de outra forma, teriam dificuldade em acessá-lo, principalmente nas áreas remotas da região. A equipe enfrentou desafios significativos, como casos de violência doméstica, abuso sexual e outros incidentes que afetaram a comunidade escolar, além de oferecer suporte aos agentes de saúde que trabalham em condições precárias na população ribeirinha.
“É inspirador ver como o Tribunal de Justiça de Rondônia está alcançando comunidades remotas e fornecendo soluções para conflitos de maneira tão eficaz. Estamos comprometidos em apoiar iniciativas como essa que promovem a transformação da cultura institucional e a busca por soluções mais humanas e restaurativas”, disse a presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Rondônia (Ameron), juíza Euma Tourinho.